Nossa Principal Tarefa

05-01-2011 08:40

Nossa Principal Tarefa

Por Ray Comfort

Tradução: Fernando Guarany Jr.

 

“Você nada tem a fazer além de salvar almas. Portanto, invista-se e gaste-se nesta obra. E não vá apenas àqueles que precisam de você, mas àqueles que mais precisam... Não é o seu negócio pregar tantas vezes, e tomar conta desta ou daquela sociedade; mas salvar tantas almas quantas puder; levar tantos pecadores ao arrependimento quanto possível.”

John Wesley

 

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Comentário de Kirk Cameron: Oração e adoração são elementos vitais da vida do Cristão, contudo se Deus quisesse que gastássemos a maior parte de nosso tempo conversando com Ele, nos levaria direto para o céu para que pudéssemos fazer isso sem distrações. Jesus veio a este mundo por uma razão: buscar e salvar os perdidos. Se quisermos viver como Ele viveu, orar como Ele orou e obedecer a Sua Grande Comissão, então isto é o que devemos fazer: buscar e salvar os perdidos. Amar e honrar Jesus significa obedecê-Lo, e Ele ordenou que pregássemos o evangelho a toda criatura, em tempo e fora de tempo. Para os crentes ainda na terra, o evangelismo é nossa primeira tarefa.

 

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Perguntas e Objeções

 

“Você acha que os cristãos são melhores que os não-cristãos?”

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O cristão não é em nada melhor que o não-cristão, mas está infinitamente em uma melhor situação. É como dois homens num avião, um dos quais está usando um pára-quedas e o outro não. Nenhum é melhor que o outro, mas o homem que está com o pára-quedas está em melhor situação do que o que não está. A diferença ficará clara quando ambos tiverem que saltar do avião a 20.000 pés de altura. Jesus disse que se saltássemos para a morte sem Ele, pereceríamos.

            Ainda mais dura que a lei da gravidade é a Lei de um Criador infinitamente santo e justo. As Escrituras declaram que os pecadores são inimigos de Deus (Romanos 5:10) e que “é algo terrível cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31).

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         Um faroleiro ganhou uma reputacao de ser um homem muito bondoso. Ele dava combustível gratuitamente aos navios que erravam no calculo da quantidade de combustível que precisavam para alcançar seus portos de destino. Uma noite durante um temporal, um raio atingiu o seu farol e apagou a luz. Ele imediatamente ligou o gerador que logo ficou sem combustível – e ele havia doado suas reservas aos navios que passavam. Na escuridão da noite, um navio colidiu contra as rochas e muitas vidas foram perdidas.

         No julgamento do faroleiro, o juiz, que sabia de sua reputação, chorou a aplicar a sentença. Condenou o faroleiro por negligenciar sua primeira responsabilidade: manter o farol aceso.

         A igreja pode freqüentemente engajar-se em atos legítimos de bondade, como se posicionar pela integridade política, alimentar os famintos, etc. – mas nossa primeira tarefa é alertar os pecadores do perigo. Devemos manter a luz do evangelho acesa para que os pecadores possam evitar as afiadas rochas da ira e escapar de ser condenados eternamente.

         Imagine-se vendo um grupo de bombeiros dando polimento no carro de bombeiros do lado de fora de um prédio em chamas enquanto pessoas permaneciam presas no último andar. Obviamente, nada há de errado em limpar o carro – mas não enquanto pessoas estão presas num prédio em chamas! Ao invés de ignorar seus gritos, os bombeiros deveriam ter um alarmante senso de urgência em resgatá-los. Este é o espírito que deveria estar por trás da tarefa de evangelismo. Contudo, de acordo com Bill Bright da Campus Crusade for Christ: “Somente dois por cento dos crentes da América compartilham de sua fé em Cristo regularmente.” Isso significa que 98% dos que se professam parte do Corpo de Cristo são “mornos” no tocante a obedecer a Grande Comissão.

         Oswald J. Smith disse: “Ah! Meus amigos, estamos sobrecarregados com incontáveis atividades na igreja, enquanto a verdadeira obra da Igreja, que é evangelizar e ganhar os perdidos, é quase que completamente negligenciada.” Temos polido as máquinas do louvor, oração e adoração, mas negligenciado a sóbria tarefa nos dada por Deus. Um bombeiro que ignore suas responsabilidades e permita que as pessoas pereçam nas chamas [na verdade] não é um bombeiro. É um impostor. Como poderíamos ignorar nossa responsabilidade e permitir que o mundo caminhe cegamente para as chamas do inferno? Se o amor de Deus habita em nós, devemos alertar os perdidos. A Bíblia nos diz: “Apiedai-vos... salvai-os com temor, resgatando-os do fogo; abominando até a túnica manchada pela carne.” (Judas 22, 23). Se não temos amor e compaixão é porque não conhecemos a Deus – somos impostores (veja 1 João 4:8). Charles Spurgeon disse: “Você não possui desejo algum para que os outros sejam salvos? Então, você mesmo não é salvo. Tenha certeza disso.” Cada um de nós deveria examinar-se à luz de tão  alarmantes pensamentos (2 Coríntios 13:5) para que não sejamos parte da grande multidão que chamou Jesus de “Senhor”, mas recusou obedecê-Lo. Muitos crentes professos ouvirão as terríveis palavras: “Nunca vos conheci: apartai-vos de mim” (Mateus 7:21-23).

         Um popular episódio do “Andy Griffith Show” se chama “Man in a Hurry” (algo como, Homem com Pressa). Conta a história de um homem de negócios que vive correndo pela cidade de Mayberry. Ele é estressado e inquieto, e acha a vida descansada das pessoas locais extremamente frustrantes. Entretanto, com o tempo começa a apreciar o estilo de vida sossegado. Apesar desta ser uma maravilhosa lição sobre não levar uma vida corrida, o “homem com pressa” deveria ser o herói do Cristão. Estamos com pressa. Devemos trabalhar enquanto ainda é dia com um senso de extrema urgência. Devemos pregar a Palavra em tempo e fora de tempo, sempre abundando na obra do Senhor.

         Coloque as seguintes palavras de Billy Sunday no coração: “Creio que a falta de obra pessoal é uma das falhas da Igreja atual. As pessoas da Igreja são como esquilos numa gaiola. Muita atividade sem nada alcançar. Não é necessária uma vida Cristã para vender sopa de ostra ou promover um bazar ou um brechó. Muitas igrejas não têm podido contar com muitos novos membros em sua confissão de fé. Por que estes escassos resultados mesmo com tamanho investimento de energia e dinheiro? Por que tão poucas pessoas adentrando o reino? Responderei – definitivamente não tem havido esforço para definitivamente persuadir uma pessoa a definitivamente receber um salvador em um tempo definido, e este tempo definido é agora.”

         Que Deus nos renove o senso de urgência e nos conceda tamanho amor pelos pecadores que sejamos convencidos por nossa consciência caso passemos por qualquer pessoa sem uma profunda preocupação  por sua salvação. Que Deus também trabalhe em nossos corações de maneira que nossas orações sejam permeadas por um clamor por obreiros, para que este mundo seja alcançado com a mensagem da eterna salvação.

Perguntas

 

1. Qual foi o crime do faroleiro?

2. A atitude do juiz em puni-lo foi correta? Porquê?

3. Qual a primeira responsabilidade da Igreja?

4. O que disse Oswald J. Smith sobre nossas erradas prioridades?

5. Em que tarefas sua igreja está envolvida, enquanto negligencia o evangelismo?

6. O que está por trás do fato de não termos preocupação com os perdidos?

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Penas para Flechas

 

Uma história verídica sobre um milionário que mandou pintar um retrato de seu amado filho antes de ele ir à guerra. O jovem foi tragicamente morto em ação e, pouco tempo depois, seu milionário pai morreu de angústia. Seu testamento declarava que todas as suas riquezas deveriam ser leiloadas e que a pintura deveria ser a primeira a ser vendida.

         Muitos apareceram no leilão, onde as riquezas do falecido milionário foram apresentadas. Quando a pintura foi apresentada à venda, nenhum lance foi dado. Era uma pintura desconhecida feita por um desconhecido pintor retratando o desconhecido filho do milionário. Então, infelizmente, não houve interesse. Depois de alguns momentos, um mordomo que trabalhava para o milionário, lembrou-se o quanto seu ex-patrão estimava seu filho e, fazendo um lance, adquiriu o retrato por um baixíssimo preço.

         Repentinamente, para surpresa geral, o leiloeiro bateu o seu martelo e deu o leilão por encerrado. O testamento especificava que a pessoa que se importasse o suficiente para comprar a pintura se seu querido filho deveria receber todas as riquezas de seu testamento.

         Isto é precisamente o que Deus fez por nós através do evangelho. Aquele que aceitar o amado Filho de Deus também recebe todas as riquezas de Seu testamento – o dom da vida eterna e “as delícias perpetuamente” (Salmo 16:1). Tornam-se “co-herdeiros” com o Filho (Romanos 8:16, 17);

        

 

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Versículo para Memorização

 

“Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.”

 

2 Timóteo 4:2

 

 

 

 

Últimas Palavras

 

Henry Wadsworth Longfellow (1807–1882), é o mais famoso dos poetas puritanos. Tendo a perspectiva da vida tanto aqui como no porvir, Longfellow nos deixou este testemunho da continuidade da vida alem da cova:

 

“Não há morte; o que assim parece é simplesmente uma transição.”

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Tradução: Fernando Guarany Jr